FAZ DA DOR, AMOR
Uma retrospetiva das obras criadas por miguel ramos entre 2013 e 2024.
o artista encontra no papel, através dos marcadores e dos pincéis, um lugar de purga e de serenidade que as artes plásticas sempre lhe proporcionaram. reconhece que o desenho surgiu antes da música, mas que os dois mundos estiveram sempre interligados de forma orgânica, quase aleatória, ao sabor dos ciclos de vida e de trabalho, ora em criações sonoras, ora em criações plásticas, em processos mais ou menos conscientes de alimentação recíproca.
nesta exposição estão patentes obras de ilustração, gravura em madeira e linóleo, colagens e livros de artistas: um elogio ao poder de transmutação das emoções e à materialização de mensagens subtis; um salto de fé, uma obsessão pelo mistério da vida e da morte; um elogio ao sonho e ao olhar atento; um desafio de renovação perante os labirintos que a mente cria; um mergulho nas entranhas da existência, nas águas da natureza e da sua sabedoria, incomparável à lógica e à razão criadas pela humanidade.
esta exposição espelha onze anos de reflexão sobre a relação desequilibrada ser humano com o planeta que habita e sobre a aprendizagem do amor incondicional e da consciência.
Entrada gratuita.
Miguel Ramos nasceu no Porto, na madrugada de 16 de Maio de 1984.
Desde muito cedo que a ligação às artes plásticas e à música se tornou prática diária.
Foi sempre muito ligado à família, aos amigos, à introspecção e à contemplação da Natureza.
A única escola onde foi feliz, foi a Escola Especializada em Ensino Artístico Soares dos Reis.
Frequentou dois cursos superiores, mas não os concluiu, as aventuras no mundo da Música já o tinham conquistado por completo, e o academismo sempre lhe pareceu pouco estimulante.
É músico profissional desde os 19 anos de idade e ao longo do seu percurso trabalhou com projectos musicais e artistas do panorama musical português, entre os quais se destacam: Insert Coin, Supernada, Mosh, Mesa, Jorge Palma & Os Demitidos, Stopestra, Old Jerusalem, Torto, Live Low.
Actualmente integra o colectivo Retimbrar, desenvolve trabalho musical com o trio Hitchpop e com colectivo Space Ensemble. Gravou o disco “Espuma dos dias”, com o duo Velho Homem, e toca ao vivo em formação de trio.
Em 2008 fez o Curso de Formação de Animadores Musicais, promovido pelo Serviço Educativo da Casa da Música, e integrou a equipa de músicos e formadores do Factor E entre 2008 e 2019, criou e participou em oficinas e espectáculos para crianças e jovens.
Continua ligado a projectos de pedagogia musical, e de arte com comunidade, é formador da Escola do Rock Paredes de Coura, através do Space Ensemble, colabora frequentemente com a Ondamarela, e já fez parte de projectos dinamizados pela Pele, pela Plataforma do Pandemónio e pelas Comédias do Minho.
Dá aulas de iniciação à guitarra e ao baixo eléctrico.
Como autor, conta com quatro discos publicados: “Nunca Acordo Como Ontem”, “Limão-Preto”, “Uma estória mal contada”, “Entre Anjo e Animal” e está em processo de criação do disco “Grão”, que partiu de uma série de poemas da autoria de Francisco Coelho Neves, amigo de longa data.
A par com o mundo da música, tem vindo a desenvolver trabalho autoral nas artes plásticas.
O desenho, a ilustração, a gravura em madeira e a pintura mural têm vindo a enriquecer a sua faceta eremita e a possibilitar a materialização de algumas mensagens do seu inconsciente para o mundo visível.
A Música continua a ser o derradeiro transporte para a ascensão, sonho e libertação.
Acredita profundamente que o Amor, a Empatia e a Utopia vão salvar a Humanidade, e a sua relação com a Natureza.